Ontem, (21), a Nova Central junto a outras centrais se reuniram em uma passeata contra o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, que regulamenta a terceirização no país.
Eles percorreram trechos da Av. Cruzeiro do Sul e da Marginal Tietê alertando os trabalhadores sobre o projeto que, segundo o presidente Francisco Calasans Lacerda, é um retrocesso. “Em recente pronunciamento, o Senador Paulo Paim disse que a terceirização é mais do que um simples retrocesso, mas é um retorno à escravidão. Ela não se limita a rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho, significa revogar-se a própria Lei Áurea de 13 de maio de 1888”, disse Calasans, que reitera: “isso somente era admitido nos tempos da escravidão, quando se permitia que seres humanos fossem considerados coisas que tinham donos”, conclui.
Segundo o projeto, com a terceirização, as empresas podem contratar trabalhadores em qualquer ramo de atividade para execução de qualquer tarefa, seja em atividade-fim ou meio. Atualmente, a terceirização é permitida somente em atividades de suporte, como limpeza, segurança e conservação de acordo com os termos da Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A manifestação durou cerca de duas horas e reuniu diversos trabalhadores. Representantes sindicais prometeram continuar lutando contra o projeto, que atualmente tramita no senado federal.